22 de ago. de 2008

Outras informações sobre amalgamação !!
Não temos evidência de que Ellen White tenha lido o livro de Alexander Kimmount, Twelve Lectures on the Natural History of Man, publicado em 1839, pp. 152 e 153, que nos dá outro exemplo de como a palavra “amalgamação” era usada no tempo dela. “Outro tipo de mal resultante de misturar ciência com religião, para prejuízo de ambas, pode ser visto no argumento em favor da amalgamação das raças africanas e européias, na base de serem uma só família, pela descendência de Adão e Eva. ... Cabe à ciência, bem como aos instintos e sentimentos comuns da humanidade, dizer se não há uma raça de homens de temperamento tão diferente para se proibir como nefando e antinatural, a amalgamação delas”.

Um comentário:

professor marco Valentin disse...

Críticos têm acusado Ellen White de haver escrito em 1864 (e publicado novamente em 1870) que seres humanos no passado coabitaram com animais e que sua descendência produziu determinadas raças que existem hoje em dia. A declaração reza "Mas se havia um pecado acima de outros que exigia a destruição da raça pelo dilúvio, era o nefando crime de amalgamação de homens e animal, que desfigurava a imagem de Deus, e causava confusão por toda parte. Era propósito de Deus destruir por um dilúvio aquela poderosa de longeva raça que havia corrompido seus caminhos diante do Senhor." [1]

Nenhum dicionário jamais usou a palavra "amalgamação" para descrever a coabitação de homem com animal. A acepção primária da palavra descreve a fusão de metais ou a mistura de elementos diferentes, como a usada para obturar os dentes. O emprego da palavra no século dezenove incluía a miscigenação de diversas raças.

Aceita como verdadeira, a declaração da escritora pode parecer ambígua: o que ela quer dizer com "amalgamação de homem com animal"? ou "amalgamação de homem e de animal"? Omite-se muitas vezes a repetição da preposição em construção semelhante. [2]

Em outras ocasiões, a Sra. White empregou a palavra "amalgamação". Utilizou-a metaforicamente para comparar crentes fiéis com mundanos . [3] E usou-a para descrever a origem das plantas venenosas e outras irregularidades no mundo biológico: "Cristo nunca plantou as sementes da morte no organismo. Satanás plantou essas sementes quando tentou Adão a comer da árvore do conhecimento, que implicava em desobediência a Deus. Nenhuma planta nociva foi colocada no jardim do Senhor, mas depois que Adão e Eva pecaram, nasceram ervas venenosas. ... Todo joio é semeado pelo maligno. Toda erva nociva é de sua semeadura, e por seus métodos engenhosos de amálgama ele corrompeu a Terra com joio." [4]

Reconhecendo que Satanás tem sido um agente ativo na corrupção do plano de Deus para o homem, para os animais, para as plantas, etc., podemos entender melhor o que Ellen White quis dizer quando descreveu os resultados da amalgamação. Aquilo que "desfigurou a imagem de Deus" no homem e que "confundiu as espécies [animais]" tem sido obra de Satanás em cooperação com os seres humanos. Essa "amalgamação de homem e [de] animal, conforme se pode ver nas quase infinitas variedades de espécies animais e em certas raças humanas", torna-se incompreensível.

A Sra. White nunca sugeriu a existência de seres subumanos ou qualquer tipo de relação híbrida animal/homem. Ela falou sobre "espécies animais" e "raças humanas", mas não sobre algum tipo de amálgama de animais com seres humanos. [5]

Reconhecemos, porém que estudantes sérios dos escritos de Ellen White divergem sobre o que ela queria dizer por "amalgamação." [6] "A responsabilidade da prova repousa sobre aqueles que afirmam que a Sra. White deu ao termo um novo e estranho significado." [7]

Para adicionais estudos sobre este tema, veja "Amalgamação" na Biblioteca de Referência.

Notas:

[1]Spiritual Gifts, vol. 3, p. 64. "Cada espécie de animal que Deus criou foi preservada na arca. As confusas espécies que Deus não criou, mas que foram resultado de amalgamação, foram destruídas pelo dilúvio. Desde o dilúvio tem havido amalgamação de homem e animal, conforme se pode ver nas quase infinitas variedades de espécies de animais e em certas raças humanas" - p. 75.

[2] "Podemos falar da dispersão de homem e animal sobre a Terra, mas não queremos dizer com isso que no passado homem e animal estavam fundidos numa só massa num só ponto geográfico. Queremos dizer apenas a dispersão do homem sobre a Terra e a dispersão dos animais sobre a Terra, embora a localização original dos dois grupos possa ter sido em lados opostos da Terra. Em outras palavras, a dispersão de homem e de animal." Francis D. Nichol, Ellen G. White and Her Critics, p. 308.

[3] "Os que professam ser seguidores de Cristo devem ser instrumentos vivos, que cooperem com as inteligências celestiais; mas pela união com o mundo, o caráter do povo de Deus ficou embaciado; pela amalgamação com o que é corrupto, o puro ouro perde o seu brilho" Review and Herald, Aug. 23,1892; veja também The Spirit of Prophecy, vol. 2, p. 144; e Meditação Matinal (1983) Olhando para o Alto , p. 318.